O objetivo é amenizar o impacto das ondas causadas pelos barcos a motor, que durante anos vêm danificando a estrutura da cidade e causando erosão em seus canais.
Segundo o vice-prefeito, Michele Vianello, os radares que serão implantados para verificar a velocidade são parecidos com os existentes em auto-estradas e pistas de ski.
De acordo com ele, também serão substituídas as placas de identificação das embarcações a motor. Elas passarão a contar com um microchip, que trará informações detalhadas e facilmente acessíveis sobre o proprietário.
Segurança
“É um sistema de vídeo e segurança que permitirá controlar o fluxo do tráfego aquático, calculando a velocidade de cada embarcação”, disse Vianello. “Eventuais atividades ilícitas também poderão ser registradas. Vendedores de mercadorias falsas e barcos sem licença da Prefeitura poderão ser interceptados pela polícia com mais rapidez.”
Em novembro do ano passado, a Prefeitura veneziana colocou em operação outro sistema de radares e câmeras para controlar a navegação no Grande Canal, com investimento de 700 mil euros.
Nomeado como Argos, o “serviço que vê tudo” passou a monitorar o traçado dos barcos, sua velocidade e posição. O sistema também mostra o número total de embarcações presentes em cada área, a concentração delas, as eventuais paradas e as aglomerações.
Na prática, as câmeras podem enxergar durante o dia, à noite e através da neblina. Os sinais são transmitidos pela da rede sem fio da Prefeitura para a sala operativa da Polícia Municipal.
Conforme Vianello, já no primeiro mês de operação do Argos, as infrações no Grande Canal e os congestionamentos diminuíram drasticamente.
“As câmeras que medem a velocidade e permitem ver as placas das embarcaçõs e o rosto do condutor se tornaram um ótimo meio de dissuação para aqueles que não respeitam o limite de velocidade de sete quilômetros por hora”, disse o vice-prefeito.
“A velocidade média no Grande Canal mostra uma tendência ao respeito do limite, salvo alguns casos de aceleração para ultrapassar veículos que estão manobrando.”
No entanto, segundo Vianello, o Argos não pode ser utilizado nos canais mais estreitos, como o Tronchetto e a Cornoldi, onde serão implantadas a nova tecnologia.