Sobrevivente de tragédia em teleférico no Piemonte deixará UTI

O pequeno Eitan, de cinco anos, deixará a unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital Regina Margherita de Turim nesta terça-feira (1º) e será transferido para a enfermaria, informam fontes médicas. A criança é a única sobrevivente da tragédia no teleférico Stresa-Mottarone, na Itália, no dia 23 de maio.
“As condições estão em significativa melhora seja do ponto de vista do trauma torácico, seja do ponto de vista do trauma abdominal. No dia de amanhã, o menino sairá da UTI e será transferido para a enfermaria”, informaram os médicos da instituição.
Eitan perdeu os pais, os irmãos e os avós maternos na tragédia e, a partir de agora, será criado por um casal de tios. Os familiares eram israelenses, mas moravam na Itália já há um bom tempo, e haviam aproveitado o domingo para passear em Stresa.
Ao todo, 14 dos 15 passageiros morreram na queda da cabine por volta das 13h daquele dia. Segundo a investigação, que está sendo liderada pela Procuradoria de Verbânia, uma espécie de “garfo” foi adicionado na cabine para impedir que o sistema de freio de emergência fosse ativado. A motivação era evitar que todo o teleférico ficasse parado por muito tempo.
Como não havia o sistema emergencial, após o rompimento de um dos cabos de sustentação, a cabine desceu de ré pela estrutura a cerca de 100km/h e, ao chegar no primeiro poste de sustentação, o equipamento foi lançado ao ar, caindo no pé da montanha.
Três responsáveis pelo teleférico chegaram a ser presos, mas no último sábado (29), dois deles foram soltos, Enrico Perocchi e Luigi Nerini, e o chefe de serviços, Gabriele Tadini, foi colocado em domiciliar. Segundo os depoimentos, Tadini foi o responsável por colocar o “garfo”, mas os depoimentos mostraram contradições sobre quem ordenou e/ou sabia do procedimento. (com dados da Ansa)