A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, rebateu no último domingo (30) as críticas do líder da Confederação-Geral Italiana do Trabalho (CGIL), maior sindicato do país, Maurizio Landini, por convocar uma reunião do Conselho de Ministros na segunda-feira (1º). “São incompreensíveis as palavras do secretário da CGIL, Maurizio Landini, sobre o CdM convocado para o dia 1º de maio para assinar provimentos sobre o trabalho. Acredito ser um belo sinal, ao invés disso, para quem é privilegiado como nós, honrar esse dia de festa e atender os trabalhadores e as respostas que eles esperam”, afirmou aos jornalistas.
Landini e os demais grandes sindicatos italianos – CISL e UIL – estão trocando farpas há um bom tempo por conta de decretos definidos pelo governo de Meloni, sem que houvesse discussões com as instituições que representam os trabalhadores. E aumentaram, especialmente, após o governo apresentar esses decretos que serão assinados no Dia do Trabalhador.
Segundo eles, não houve nenhuma conversa sobre os impactos que as mudanças vão ter na vida dos italianos. Para tentar atenuar a situação, Meloni convidou os líderes das três organizações para uma reunião neste domingo, o que também foi criticado por Landini.
“Nós vamos para as reuniões, mas é claro que sermos convocados num domingo à noite para um provimento que já está decidido e será assinado na segunda-feira de manhã não é o que queremos”, pontuou.
E, pouco após as falas de Meloni contra Landini, o líder da UIL, Pier Paolo Bombardieri, acusou o governo de fazer um “ato de propaganda” ao assinar os decretos no feriado. “Há um problema no método. O governo convoca para hoje às 19h um decreto no qual não será possível fazer modificações. Talvez porque assuste que a narração do dia 1º de maio seja feita só pelos sindicatos”, disse ao canal ‘RaiTre’.