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Polícia de Brescia prende combatente do EI acusado de tortura de membros do yazidis

13 de novembro de 2022 - Por Comunità Italiana
Polícia de Brescia prende combatente do EI acusado de tortura de membros do yazidis

A Polícia de Brescia, no norte da Itália, executou uma ordem de prisão contra um combatente estrangeiro, já condenado por pertencer ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), sob a acusação de sequestro e tortura de membros da minoria yazidi, massacrados em 2014 por jihadistas. A medida foi emitida pelo juiz de instrução de Brescia a pedido do Ministério Público contra um “combatente estrangeiro italiano de 28 anos, de origem marroquina, por sequestro de pessoas e lesão corporal, agravados pelo uso de tortura e crueldade, bem como para fins de terrorismo e ódio racial”.

Segundo as autoridades, o indivíduo, “após uma adesão ideológica radical à jihad islâmica iniciada na Itália e concluída na Alemanha, foi para a Síria, onde se tornou ativista” do EI em junho de 2019.

O homem, que está atualmente na prisão de Sassari, foi identificado como Samir Bougana, 28 anos, nascido em Gavardo, na zona de Brescia. Ele se mudou para a Alemanha em 2010 e depois para a Síria em 2015 com uma mulher que se tornou sua esposa.

Depois de um tempo lá, ele foi localizado pelas autoridades italianas em Kobane, na Síria, onde foi detido pelas Unidades de Proteção Popular Curdas, e transferido para a Itália após uma complexa operação realizada pela Direção Antiterrorista de Brescia em colaboração com o FBI americano e as autoridades sírias.

Cerca de um ano depois, o Tribunal de Brescia o condenou a quatro anos de prisão por pertencer ao Estado Islâmico, mas “investigações subsequentes realizadas no âmbito da cooperação internacional encontraram um ponto de virada na troca de informações entre as autoridades italianas e alemãs”, explicou a polícia.

A cooperação judicial e policial “revelou que o mesmo combatente estrangeiro também poderia ter sido responsável pela tortura de pelo menos duas pessoas, incluindo um adolescente, que se recusou a lutar pelo EI e que atualmente está refugiado na Alemanha”.

De acordo com as autoridades italianas, o depoimento de uma de suas vítimas, colhido em Dusseldorf pelo procurador encarregado das investigações, foi decisivo por “mostrar as cicatrizes da tortura sofrida”.

“A testemunha também contou sobre torturas perpetradas com choques elétricos contra detidos curdos pertencentes à minoria yazidi para forçá-los a se converter ao islamismo”, finaliza a nota. (com dados da Ansa)

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.

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