Explosões mataram pelo menos uma pessoa e deixaram mais de 30 feridas em Jerusalém na quarta-feira (23). A única vítima confirmada até o momento é um estudante de 16 anos e de origem canadense, Aryeh Shtsupack, aluno de uma escola rabínica na cidade. Ainda há pessoas internadas em estado grave.
As detonações atingiram pontos de ônibus em uma área frequentada por judeus ultraortodoxos na entrada ocidental de Jerusalém, que não registrava ataques a bomba desde 2016.
Um dirigente do grupo palestino Jihad Islâmica, Daoud Shehab, disse que as explosões foram “operações heroicas” para advertir aos israelenses que os locais sagrados para os muçulmanos representam uma “linha vermelha” que não pode ser ultrapassada.
Shehab citou especificamente dois expoentes da extrema direita de Israel, Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, acusando-os de ter “invadido” a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.
Já o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, felicitou o “povo palestino e da cidade ocupada de Jerusalém pela operação heroica” desta quarta-feira. As explosões não foram reivindicadas oficialmente.
Em mensagem no Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, definiu os ataques como “vis” e disse que a violência contra civis é “criminosa”. “Expresso solidariedade ao governo do Estado de Israel e às famílias das vítimas”, acrescentou. (com dados da Ansa)