O Ministério das Relações Exteriores da Itália recomendou “fortemente” que seus cidadãos ainda presentes na Ucrânia deixem o país o quanto antes. O pedido chega após uma nova onda de bombardeios da Rússia contra a capital ucraniana, Kiev, que até este mês vinha sendo relativamente poupada na guerra.
“Recomendamos aos compatriotas ainda presentes que deixem o país. Viagens de qualquer tipo à Ucrânia são absolutamente desaconselháveis”, diz uma mensagem postada no Twitter pela embaixada italiana em Kiev na segunda-feira (17) e republicada pelo Ministério das Relações Exteriores.
Após a contraofensiva ucraniana para retomar territórios conquistados pela Rússia, a guerra passa por um momento de recrudescimento nas últimas semanas.
Acuado, o regime do presidente Vladimir Putin voltou a atacar Kiev, o que não acontecia desde junho, e ensaia envolver diretamente as tropas de sua aliada Belarus no conflito. Apenas na segunda, bombardeios com drones iranianos na capital e em Sumy mataram pelo menos cinco civis.
Diversos países, incluindo Estados Unidos e China, pediram que seus cidadãos deixem a Ucrânia imediatamente.
Ucrânia agradece Itália por nova ajuda militar
Também na segunda-feira, a Ucrânia agradeceu todo o apoio do ministério da Defesa da Itália pela liberação de um novo pacote de ajuda militar ao governo de Volodymyr Zelensky, na tentativa de frear a invasão russa.
“Estamos verdadeiramente gratos ao governo italiano e ao ministro Lorenzo Guerini pela entrega de um novo pacote de ajuda militar que nos ajudará a aumentar nossas capacidades defensivas contra a agressão russa”, escreveu o ministro da Defesa de Kiev, Oleksii Reznikov, no Twitter.
A declaração é dada quase um mês após Zelensky e Guerini se reunirem em Kiev. Na ocasião, o líder ucraniano agradeceu o apoio de Roma na guerra iniciada pelo regime de Vladimir Putin.
Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, o governo do primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, tem sido uma das principais vozes dentro da União Europeia em defesa da Ucrânia e na aplicação de sanções contra Moscou.
De acordo com Zelensky, as armas enviadas pelos países ocidentais, inclusive, estão “fazendo a diferença”. (com dados da Ansa)