As imagens espetaculares registradas pelo astronauta da NASA Matthew Dominick e publicadas na rede social X no dia 08 de outubro, mostravam o furacão Milton como categoria 5, a mais alta na escala usada para medir a intensidade dos furacões. Os dados da Estação Espacial informaram que o furacão atravessou o Golfo do México em direção à costa da Flórida com ventos a mais de 230 km/h e continuou a fortalecer-se, atingindo os 260 km/h.
Entretanto, depois de atingir a costa na noite desta quarta-feira, 09/10, e causar inundações repentinas na Baía de Tampa, St. Petersburg, Sarasota e Venice, na Flórida, com ventos de cerca de 205 km/h, o furacão Milton se afastou de Tampa e foi em direção a Orlando e foi perdendo a força. Cerca de 90 minutos após atingir a costa, Milton estava centrado a cerca de 30 quilômetros a nordeste de Sarasota, informou o Centro Nacional de Furacões. A tempestade enfraqueceu para um furacão de categoria 2, com ventos máximos sustentados de 175 km/h.
O olho da tempestade se moveu para o interior e trazendo chuvas pesadas para o nordeste de Orlando e Kissimmee. A tempestade estava localizada cerca de 64 km ao sul-sudoeste de Orlando, cidade na Flórida, e está se movendo na direção leste-nordeste a cerca de 26 km/h.
Por volta da meia-noite (horário local), o Aeroporto Internacional de Orlando reportou uma rajada de 119 km/h com ventos sustentados em torno de 64 km/h a 72 km/h. O pior da chuva e dos ventos estava acontecendo em Orlando.
O furacão Milton deixou mais de 3 milhões de residências e empresas sem energia na Flórida, de acordo com o poweroutage.us.
Até agora, as comunidades mais afetadas foram na área da Baía de Tampa, como o Condado de Hardee, com 97% dos clientes monitorados sem energia, e o Condado de Manatee, com 85% dos clientes sem energia.
A extensão de seus danos até agora permanece incerta, enquanto as autoridades esperam o amanhecer para avaliar as condições, com alguns começando os esforços de recuperação nas primeiras horas da quinta-feira, 10/10. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o Milton parece ser “a tempestade do século” e pediu para que os moradores da região saiam de suas casas. “Parece a tempestade do século. Diversas comunidades no caminho do furacão Milton não tiveram tempo para recuperar o fôlego entre Helene e Milton, duas tempestades históricas em duas semanas”, disse.
Ainda ontem, foi confirmado que o furacão Milton atingiu o solo perto de Siesta Key, na Flórida, como uma tempestade de categoria 3 e com ventos de 193 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões. Entretanto, o Centro informou que os ventos de Milton diminuíram depois que seu olho chegou à costa e agora ele se classifica como um furacão categoria 2, com ventos de 177 km/h com rajadas mais fortes e está centrado 32 km a nordeste de Sarasota, na Flórida. Tempo depois, uma atualização de hora em hora do Centro Nacional de Furacões dos EUA informou que o furacão Milton tem ventos de 145 km/h, o que o torna um furacão de categoria 1.
Às 4 da manhã (horário local) o furacão estava a menos de 16 quilômetros da costa leste, perto de Cabo Canaveral, se movendo a 29 km/h.
O chefe de polícia de de St. Lucie, Keith Pearson, relatou a morte de moradores com a passagem dos tornados. Em entrevista à WPBF News, Pearson, não detalhou qual seria o número de vítimas no local.
(Dados do Corriere della Sera, Ansa, CNN Brasil e Estadão)