Uma exposição sobre o legado da jornalista italiana Oriana Fallaci será inaugurada em Milão no dia 15 de setembro, a exatamente um ano da sua morte. A mostra recebe o mesmo nome de um de seus livros mais famosos, "Intervista com la Storia", de 1974, no qual Fallaci reúne entrevistas com personalidades como Henry Kissinger, Golda Meir e Indira Gandhi.
"Uma exposição sobre mim? Por que não? Seria divertido". Assim teria respondido Oriana Fallaci à proposta que lhe foi feita no final de 2006, poucas semanas antes de sua morte, segundo afirmou hoje Alessandro Cannavò, jornalista do Corriere della Sera, na abertura da mostra sobre a escritora, nas salas do Palazzo Litta em Milão.
A exposição, organizada pelo Ministério Italiano de Bens Culturais e pelo grupo Rcs Media Group em conjunto com o gabinete do presidente da República, pretende além de "rever uma época histórica por meio dos olhos de Oriana Fallaci", também expor "uma maneira de falar dela, de suas posições, suas idéias sobre os grandes temas mundiais dos quais se ocupou em seu trabalho como jornalista, mesmo aquelas que dividiram a opinião pública".
Fallaci foi a primeira mulher italiana a ser enviada especial de guerra, em 1967 para a guerra do Vietnã. Nascida em 1929 em Florença, Oriana foi uma ativista de esquerda nos anos 60, mas no final da vida se voltou contra o fundamentalismo árabe e o islamismo. Com seus doze livros publicados, vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo.
Fallaci morreu com 77 anos de idade devido a um câncer que sofria há vários anos. Entre as 12 seções da mostra, podem ser vistas fotografias, cartas originais, objetos pessoais, jornais com suas entrevistas, manuscritos e sua máquina de escrever.
A mostra milanesa fica aberta ao público de 15 de setembro (data do aniversário de morte da jornalista) a 18 de novembro, com entrada gratuita. Em seguida, parte para Roma, onde será reaberta em 14 de dezembro.
Fonte: Ansa
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