A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) disse numa nota que não havia provas suficientes de que a equipe tivesse se beneficiado dos dados da Ferrari encontrados na casa de seu projetista. "Portanto não impomos nenhuma punição", afirmou a entidade.
A FIA alertou, porém, que a equipe ainda pode ser expulsa do campeonato deste ano e do próximo se surgirem novas provas contra ela.
A McLaren está 27 pontos à frente da Ferrari, faltando sete corridas para o fim do campeonato. Na competição entre os pilotos, o líder é o estreante britânico Lewis Hamilton, 22, que corre pela McLaren. O outro piloto da equipe, o bicampeão mundial Fernando Alonso, está dois pontos atrás, com o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, em terceiro, com nove pontos de desvantagem.
O chefe da McLaren, Ron Dennis, que foi à audiência em Paris, disse a repórteres que não estava "totalmente confortável com o resultado", mas que "a punição foi equivalente ao crime".
"Se se descobrir no futuro que a informação da Ferrari foi usada para prejudicar o campeonato, reservamo-nos ao direito de convidar a McLaren novamente, e ela poderá ser excluída não apenas do campeonato de 2007, mas também o de 2008", disse a FIA.
A McLaren nega que qualquer outra pessoa que não o projetista Mike Coughlan soubesse dos dados da Ferrari, que teriam sido entregues pelo ex-engenheiro da Ferrari Nigel Stepney. Os dois são alvos de processos judiciais na Itália e na Inglaterra por causa do escândalo.
A Ferrari alegou à Alta Corte de Londres na semana passada que é "provável" que a McLaren deva sua liderança ao fato de Coughlan ter obtido cerca de 780 páginas de dados estratégicos sobre a equipe italiana. A FIA disse que vai convidar Stepney e Coughlan para dar esclarecimentos.
Fonte: Reuters