O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, ao lado da ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) que o governo levará a sério a questão climática e não tratará o tema como “secundário, aproveitando para anunciar a criação da Autoridade Climática, em meio à seca e à onda de queimadas que atingem várias regiões do Brasil. Também disse que vai editar uma medida provisória com o “estatuto jurídico” para a emergência climática.

A proposta de criar a Autoridade Climática, lançada por Marina Silva durante a campanha eleitoral de 2022, é inspirada em um organismo semelhante criado nos Estados Unidos, que foi comandado pelo ex-secretário de Estado John Kerry.

“No fundo, queremos levar definitivamente a sério a questão climática. Não é mais uma questão secundária, da universidade, apenas de cientistas. É uma questão da responsabilidade de todos nós”, disse Lula em entrevista à rádio Norte FM.

O governo ainda não informou qual será o modelo dessa autoridade climática – se será uma instância superior aos ministérios ou abrigada no Ministério do Meio Ambiente, por exemplo. Também não detalhou se terá orçamento próprio e quem será o chefe do novo órgão.

“Para que a gente receba dinheiro para cuidar das pessoas que moram lá. Nós temos que fazer os europeus e o mundo desenvolvido entender que embaixo de cada copa de árvore mora uma pessoa. Tem um extrativista, um seringueiro, um pescador, um indígena, um pequeno colono. Essa gente pode usar a preservação da floresta como uma forma de viver, de ganhar dinheiro, de cuidar da sua família”, disse Lula.

(Dados da Ansa e G1)