Os juizes da Direção Antimáfia de Nápoles, sul da Itália, abriram uma investigação sobre um suposto plano do clã dos Casalesi, pertencente à Camorra (máfia local), para assassinar o escritor Roberto Saviano, autor do livro de sucesso "Gomorra".
Saviano, de 29 anos, vive sob proteção policial desde outubro de 2006, devido às ameaças de morte recebidas após a publicação do livro.
"Gomorra", que se tornou um best-seller e foi adaptado para o cinema pelo diretor Matteo Garrone, apresenta os segredos da Camorra, em particular do clã dos Casalesi, considerado o mais poderoso dentro da organização criminal.
A intenção dos Casalesi de atentar contra a vida de Saviano foi denunciada por um agente da polícia judicial.
Segundo os jornais italianos, o plano para acabar com a vida do escritor, decidido por unanimidade pelas "famílias" do clã, encontrava-se em tal grau de desenvolvimento que já estava marcada até mesmo uma data para a execução: antes do Natal.
Tal informação, segundo indicou hoje a imprensa nacional, procederia de uma confidência de um "arrependido" da Camorra.
Nessa segunda-feira completaram dois anos exatos desde que Saviano começou a viver sob escolta e o escritor reconheceu que "tem sido duro".
"No início parece que você não vai agüentar, quando a sua vida diária acaba de pernas para o ar e você entende que apenas pode piorar porque vive constantemente em suspeita, em desconfiança, em solidão, enquanto as pessoas ao seu redor desaparecem", acrescentou.
Fonte: Ansa
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