A jovem Bleona Tafallari, 20 anos, conhecida como a “leoa do Estado Islâmico”, foi condenada nesta segunda-feira (18) a três anos e quatro meses de prisão por instigação ao crime por um tribunal de Milão. O juiz Livio Cristofano, após rito abreviado, retirou a acusação de terrorismo contra a jovem por falta de provas, diminuindo assim consideravelmente a sua pena.   

Tafallari, nascida no Kosovo, mas moradora de Milão desde a infância, foi presa em 17 de novembro do ano passado sob acusação de terrorismo internacional na capital da Lombardia.   

Radicalizada desde os 16 anos, conforme a Procuradoria, “ela realizava uma contínua e incessante atividade de propaganda das ideologias das organizações terroristas por meio das redes sociais (WhatsApp, Snapchat, Instagram e sobretudo Telegram) exaltando o Estado Islâmico em todas as suas mensagens”.   

Os procuradores antiterrorismo ainda afirmaram que ela fazia atividades de recrutamento e proselitismo pelo EI, sem nunca esconder o desejo de ir lutar em zonas de guerra dos terroristas. A jovem ainda seria parte, junto com seu marido que vivia na Alemanha e seria parente do autor do ataque em Viena em novembro de 2020, Kujtim Fejzulai), de um grupo chamado “Leão dos Balcãs”, aliados do EI na Europa.   

No entanto, Cristofano afirmou que a investigação apontou que Tafallari não tinha nenhum contato direto ou indireto com o EI e que não há provas de que ele seria um membro do grupo terrorista. As motivações completas da sentença serão publicadas em 90 dias e o MP deve recorrer.   

Após o anúncio, os dois advogados da jovem – Giuseppina Bartolotta e Giuseppe De Carlo – comemoraram a decisão e disseram que vão entrar com um pedido de liberdade condicional para Tafallari.   

“Para nós é uma vitória. A hipótese da acusação foi reduzida, sobretudo na associação ao terrorismo. É o que nós esperávamos também pelo futuro da jovem”, disseram em nota. (com dados da Ansa)