Itália transfere embaixada na Ucrânia de Kiev para Lviv

A Itália anunciou a transferência de sua embaixada na Ucrânia de Kiev para Lviv, no oeste deste país, devido à “deterioração da segurança” na capital após a invasão russa – informou o Ministério das Relações Exteriores na última terça-feira (1º).
“Devido à deterioração da situação de segurança em Kiev e à consequente impossibilidade de garantir o pleno funcionamento, está sendo realizada a transferência da embaixada italiana em Kiev para Lviv, conforme decidido por outras embaixadas presentes em Kiev”, explicou o comunicado da Chancelaria.
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, voltou a pedir a seus concidadãos em Kiev que deixem a cidade e se movam com “máxima precaução”.
Um grupo formado por 87 italianos, incluindo várias crianças, está hospedado na residência do embaixador italiano, relatou Draghi, acrescentando que a maioria deles será retirada nas próximas horas.
Em discurso ao Senado, o chefe de governo italiano reiterou que a Itália “está pronta para tomar mais medidas restritivas, se forem necessárias”.
“Propus tomar novas medidas específicas contra os oligarcas russos. A ideia é criar um registro público internacional de pessoas, cujos ativos ultrapassem 10 milhões de euros (US$ 11 milhões)”, acrescentou.
Este ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) sugeriu “intensificar a pressão sobre o Banco Central da Rússia” e envolver o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS), com sede na Basileia, na Suíça, para “participar das sanções”.
Draghi elogiou a resposta “rápida, firme, forte e, sobretudo, unida” da União Europeia frente ao conflito.
“É possível que (o presidente russo Vladimir) Putin nos visse como um grupo de países indefesos e divididos, embriagados com nossa própria riqueza. Ele estava errado”, enfatizou o primeiro-ministro.
“Estivemos e estaremos prontos para reagir, contra-atacar (…) e defender nossos valores”, completou. (com dados da Afp)