A Itália será a responsável por produzir os dois módulos iniciais da primeira área comercial da Estação Espacial Internacional (ISS). O contrato, que tem valor de 110 milhões de euros, foi firmado entre a Axiom – empresa norte-americana que recebeu da Nasa a autorização para a construção na ISS – e a joint venture italiana Thales Alenia Space (que tem 67% das ações da Thales e 33% da Leonardo).
Os dois módulos pressurizados devem ser lançados em 2024 e em 2025 e serão fundamentais para dar vida a um local onde será possível desenvolver tanto ações científicas como comerciais.
Além disso, quando a ISS tiver sua vida útil encerrada – algo que ainda não tem previsão de data – os dois módulos da Axiom se separarão e constituirão a primeira Estação Espacial privada da história.
O CEO da Thales Alenia Space, Massimo Claudio, afirmou que a assinatura do contrato “confirma a posição da empresa como um ator industrial fundamental” seja “para missões privadas como públicas”.
“Com o desenvolvimento de mais de 50% do volume habitável da ISS, a nossa empresa marcou história da infraestrutura orbital desde o início. O processo de entrega dos dois módulos será concluído em 2022 e o primeiro será entregue em julho de 2023 no Texas, onde serão adicionados mais equipamentos, e haverá a certificação do voo, no início de 2024”, acrescentou Claudio.
Para o CEO da Axiom, Michael Suffredini, “o acordo é um passo histórico para a história espacial e estamos convencidos que sempre mais interesses comerciais se voltarão para o setor espacial”.
“Prevemos que, no futuro, os maiores investimentos em nossa estação serão, sobretudo, para a produção de materiais que são impossíveis de se criar na Terra. Materiais que podem ser criados apenas em ambientes de microgravidade”, concluiu. (com dados da Ansa)