O governo da Itália aprovou nesta quarta-feira (12) a realização de um funeral com honras de Estado para o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, morto na última terça (11) aos 65 anos de idade. O político socialista será velado na sede da Prefeitura de Roma nesta quinta-feira (13), das 10h às 18h (horário local), e o funeral está previsto para o dia seguinte, na igreja de Santa Maria degli Angeli, também na capital italiana.
Funerais de Estado preveem honras militares no início e no fim da cerimônia e a presença dos principais representantes institucionais do país.
As exéquias de Sassoli também devem contar com os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, que lideram, respectivamente, o poder Executivo e o principal órgão político da UE.
Sassoli estava internado desde 26 de dezembro em um hospital oncológico de Aviano, que diz que a morte foi provocada por uma “grave complicação devida a uma disfunção no sistema imunológico”.
Em setembro, o italiano chegou a ser hospitalizado devido a uma grave pneumonia bacteriana e nunca se recuperou completamente.
Além disso, ele já havia feito há cerca de 10 anos um transplante de medula devido a um mieloma, câncer que atinge o sistema imunológico.
Trajetória
Nascido em 30 de maio de 1956, em Florença, Sassoli foi criado em Roma e, antes de entrar para a política, trabalhou como jornalista por mais de duas décadas e foi apresentador do TG1, principal telejornal da emissora pública Rai e da TV italiana.
Sassoli deixou o canal em 2009 para se candidatar ao Parlamento Europeu pelo Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, e foi eleito com 412 mil votos. Em 2013, tentou disputar a Prefeitura de Roma, mas acabou perdendo as primárias do PD para Ignazio Marino, que venceria as eleições.
Depois disso, decidiu se concentrar na UE e foi reeleito para o Europarlamento em 2014 e 2019. Após liderar a delegação do PD entre 2009 e 2014, foi vice-presidente do Legislativo de 2014 a 2019, quando venceu a disputa para comandar o órgão, sucedendo o também italiano Antonio Tajani.
Sassoli defendia o acolhimento de migrantes e refugiados, cobrava reações mais drásticas contra medidas autoritárias em Estados-membros do leste europeu e era a favor do aumento da integração no bloco. (com dados da Ansa)