Trabalhadores da construção civil lançaram mão de explosões controladas nesta sexta-feira (28) para demolir completamente o que restava da ponte Morandi em Gênova, na Itália
Em agosto de 2018, o desabamento de um trecho de cerca de 100 metros da estrutura deixou 43 mortos.
As ruínas da construção que um dia ligou a cidade portuária na Itália até o sul da França foram ao chão em poucos segundos, levantando nuvens enormes de poeira e provocando aplausos dispersos de espectadores à distância.
Projetado pelo engenheiro Riccardo Morandi, o viaduto foi construído entre 1963 e 1967 e chegou a ser batizado e “Ponte do Brooklyn” pelas semelhanças com o ponto turístico de Nova York.
A demolição desta sexta-feira abre caminho para a reconstrução da ponte. Os explosivos foram posicionados em dois pilares que sustentavam as extensões remanescentes do viaduto. Canhões d’água operavam no momento das explosões para evitar que as nuvens de poeira com aço e concreto englobassem a cidade.
Entre as autoridades presentes estavam os ministros Matteo Salvini (Interior), Luigi Di Maio (Trabalho e Desenvolvimento Econômico) e Elisabetta Trenta (Defesa), além do prefeito de Gênova, Marco Bucci, e do governador da Ligúria, Giovanni Toti.
“A implosão foi concluída com sucesso”, disse o coronel Juri Grossi, coordenador do regimento do Exército que realiza agora um trabalho de reconhecimento para garantir que todos os explosivos tenham sido detonados. A demolição da Ponte Morandi teve início em fevereiro passado, com a desmontagem do tabuleiro de 800 toneladas e 36 metros de comprimento que resistira ao desabamento. A reconstrução já está em curso e ficou a cargo do consórcio PerGenova, formado pela estatal Fincantieri e pela construtora privada Salini Impregilo.