O ministro do Meio Ambiente e da Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, se reuniu nesta terça-feira (15) com o enviado para o clima dos Estados Unidos, John Kerry, para debater a situação climática e energética no país europeu. O encontro ocorreu à margem da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, em Sharm el-Sheikh, onde o italiano afirmou que a Itália “pretende manter todos os seus compromissos de descarbonização até 2030 e 2050, apesar da difícil situação após o conflito na Ucrânia”.
“Expressei a posição da Itália de que as fontes fósseis mais nocivas, como carvão e petróleo, devem ser eliminadas primeiro. O gás é um vetor transitório, menos poluente, mas ainda fóssil. O desafio é chegar a 100% de energia renovável”, disse Pichetto Fratin à agência italiana de notícias ‘Ansa’.
De acordo com o ministro de extrema direita, Kerry recomendou a ele “que impulsionasse as fontes renováveis”.
“Expliquei-lhe que no ano passado na Itália havíamos autorizado 1,5 GW de novas usinas, enquanto este ano em agosto já estávamos em 5,5 GW autorizados. E no final do ano podemos chegar a sete, ou até 10”, explicou.
Durante o encontro, Kerry e Pichetto também falaram sobre a hipótese de um Fundo de Perdas e Danos devido ao aquecimento global, solicitado pelos países menos desenvolvidos na COP27.
“A posição italiana é avaliar um programa de ação que utilize ferramentas já existentes, talvez atualizando-as, ou mesmo inventando novas. A Itália considera inviável um fundo único, que teria dimensões estratosféricas e exigiria anos de negociações”, concluiu. (com dados da Ansa)