Itália anuncia novo plano curricular para as escolas

O Governo da Itália divulgou algumas das novas Indicações Nacionais para as escolas, ou seja, os novos programas ministeriais, desenvolvidos por uma Comissão nomeada pelo Ministro da Educação, Giuseppe Valditara, que estão previstas para entrar em vigor a partir do ano letivo 2026-27.
O estudo do latim retorna – de forma opcional – a partir da sétima série; haverá mais carga horária de História Italiana; e também espaço para ensino religioso . Será o fim da Geohistória no Ensino Médio e Geografia terá mais espaço. A Literatura Italiana terá maior foco, e há o plano de dar maior valorização para a imaginação e para a memória a partir da educação infantil, com a aprendizagem de cantigas e poemas infantis. Música está presente no currículo desde as primeiras séries.
No entanto, a notícia não é agradou tosos os diretamente envolvidos, os estudantes . “A introdução do estudo bíblico no programa é uma escolha política clara, alinhada com as ideias reacionárias e conservadoras do governo”, afirma Tommaso Martelli, coordenador nacional da União dos Estudantes. “Aguardamos a leitura do texto do decreto para termos uma ideia mais clara, dado que ninguém pensou em envolver os estudantes na elaboração deste programa, mas pelo que podemos perceber pelas declarações do ministro, esta reforma é puramente ideológica e prejudicial”, acrescenta a Rede de Estudantes do Ensino Médio.
A decisão causou burburinho entre os representantes políticos e dividiu opiniões. “Em vez de buscar recursos econômicos para melhorar as atividades educacionais, reduzir o número de alunos por turma e aumentar os salários dos professores, ele [Valditara] prefere lançar ideias extemporâneas e ideológicas”, observa Elisabetta Piccolotti. Para Ilenia Malavasi, deputada do PD, “deveríamos ficar chocados”. A “ideia nostálgica de Valditara de escola troca autoritarismo com autoridade”, resume a secretária do Partido Democrata, Elly Schlein.
Por outro lado, o vice-presidente da Câmara, Fabio Rampelli (FdI) afirma que “a escola do futuro volta a focar nas disciplinas clássicas e humanísticas, que tornam a nossa nação única no mundo, apesar da ansiedade de homologação que temos assistido nos últimos anos. obrigação de imitar os outros foi e continua sendo um método autodestrutivo”.
(Dados da Ansa e Corriere della Sera)