O governo italiano recebeu duas ofertas por uma participação majoritária na ITA Airways, companhia aérea estatal criada em 2021 para substituir a Alitalia. A primeira proposta foi apresentada por um consórcio formado pela empresa alemã de aviação civil Lufthansa e pelo grupo suíço de navegação MSC, enquanto a segunda é da gestora americana de private equity Certares, acionista da Azul.
O prazo estabelecido pelo Ministério da Economia e das Finanças da Itália terminou na última segunda-feira (23), mas os detalhes das duas ofertas ainda não foram divulgados. No caso da Certares, a proposta incluiria uma parceria comercial com o grupo franco-holandês Air France-KLM e com a americana Delta Air Lines.
De acordo com o ministro italiano da Economia, Daniele Franco, o governo vai escolher o “parceiro ideal” para a ITA, levando em conta aspectos “de longo prazo, e não apenas financeiros”. “Um ponto importante é ter uma empresa que fique de pé e que faça parte de um grupo maior que garanta conexões com o resto do mundo”, explicou.
O objetivo do governo, acionista único da ITA, é fechar o negócio até o fim de junho, mantendo uma participação minoritária na companhia aérea.
A Italia Trasporto Aereo (ITA) foi criada para superar de forma definitiva a crônica crise na agora extinta Alitalia, que deixou de operar em outubro de 2021.
A Lufthansa chegou a negociar a compra da Alitalia, mas sempre impôs como condição uma profunda reestruturação na companhia aérea, o que só aconteceu com o surgimento da ITA.
A nova empresa nasceu com cerca de 8 mil funcionários a menos e uma frota mais enxuta, além de não ter relação com os passivos deixados por sua antecessora. (com dados da Ansa)