O funeral de Gianluca Vialli, ídolo do futebol italiano morto de câncer no pâncreas na última sexta-feira (6), deve ser realizado em Londres e de forma privada. A informação foi divulgada por Marco Lanna, presidente da Sampdoria e companheiro de Vialli no histórico Scudetto de 1990/91, o único do clube genovês.
“Perdi um irmão. Ele sempre me ajudou quando precisei ao longo do último ano, conversávamos sempre sobre o mundo blucerchiato e ele me ligava para ter informações sobre como as coisas estavam caminhando”, disse Lanna, presidente da Sampdoria desde dezembro de 2021.
O ex-jogador e cartola ainda propôs a realização de um torneio amistoso entre Chelsea, Cremonese, Juventus e Sampdoria, os quatro clubes da carreira de Vialli, para relembrar o ex-atacante, com as receitas revertidas para caridade. “É uma ideia que eu gostaria muitíssimo de transformar em realidade”, acrescentou.
‘Esperava um milagre’, diz Mancini
O técnico da Itália, Roberto Mancini, também se pronunciou sobre a morte do ex-atacante Gianluca Vialli.
“É uma grande perda para mim, para sua família e sobretudo para todo o futebol italiano”, disse Mancini em uma entrevista realizada pela Federação Italiana de Futebol (Figc).
“Eu esperava que acontecesse alguma coisa, esperava um milagre, sinceramente. Nós nos encontramos, conversamos, brincamos, ele sempre estava de bom humor, e isso me alivia um pouco”, acrescentou o técnico da Itália, que esteve em Londres recentemente para visitar o amigo.
Mancini e Vialli jogaram juntos na Sampdoria durante oito anos e lideraram o clube blucerchiato na conquista de seu único Scudetto, em 1990/91. Na temporada seguinte, chegaram à final da Taça dos Campeões (precursora da Liga dos Campeões da Uefa) e só perderam do Barcelona na prorrogação, por 1 a 0.
Os dois amigos voltariam a dividir os vestiários em 2019, já bem depois de pendurar as chuteiras, quando Vialli assumiu o cargo de chefe de delegação da seleção italiana, treinada por Mancini desde 2018. Com a Azzurra, se sagraram campeões da Eurocopa em 2021, interrompendo um jejum de 53 anos na competição.
“Vivemos quase toda a nossa vida juntos, existia uma ligação estreita, como entre dois irmãos. Duas pessoas que, em certo ponto, se separaram no futebol, mas quando se é amigo, se é para sempre. Nossa relação foi de grande respeito, afeto, amor e amizade”, disse Mancini.
Para o técnico da Azzurra, o ex-atacante era um “rapaz alegre” e “deve ser lembrado assim”.
Vialli morreu aos 58 anos de idade, no hospital de Londres onde se tratava contra um tumor no pâncreas.
Ao longo de sua trajetória nos gramados, ganhou uma Liga dos Campeões e uma Copa da Uefa pela Juventus, além de dois Campeonatos Italianos, quatro Copas da Itália e duas Supercopas Italianas pela Velha Senhora e pela Sampdoria.
Também foi campeão da Copa da Inglaterra, da Copa da Liga Inglesa e da Supercopa da Uefa pelo Chelsea e da Série C1 da Itália pela Cremonese. Ainda faturou duas Copas das Copas por Sampdoria e Chelsea. (com dados de agências internacionais)