Acordo que propõe mudanças significativas nos regulamentos esportivos, técnicos e financeiros da categoria passa a valer a partir de 2021 e vai até 2025; Williams também aderiu ao movimento
As equipes McLaren e Ferrari foram as primeiras a confirmar a participação na Fórmula 1 até 2025, assinando o novo Pacto da Concórdia proposto pelo Conselho Mundial de Esportes a Motor (WSMC) da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O acordo substitui o atual pacto, que se encerra em dezembro deste ano.
Na última semana, a Williams também havia garantido a intenção de assinar o acordo e, de fato, o fizeram após as duas primeiras equipes se manifestarem. A Mercedes, que chegou a recuar por se considerar prejudicada com os novos termos para o pacto, voltou atrás e também pretende se juntar às rivais. O prazo para a adesão se encerra nesta terça-feira.
“Um esporte mais justo é melhor para todos, com mais equilíbrio na distribuição das receitas entre todas as equipes e uma governança mais simples e clara que corta os interesses e coloca o esporte em primeiro. Esse acordo só vai fazer os construtores da F1 coletivamente mais fortes à longo prazo”, declarou o diretor-executivo da McLaren, Zak Brown.
O CEO da Ferrari, Louis Camilleri, também se declarou satisfeito com o acordo, que considera fundamental para garantir o desenvolvimento da categoria na qual a escuderia italiana tem estado presente desde a sua criação, há 70 anos.
“Estamos muito confiantes de que a colaboração com a FIA e a Liberty Media podem fazer a Fórmula 1 muito mais atrativa e espetacular enquanto mantém seu status como o maior desafio tecnológico. Correr está no DNA da Ferrari e não é coincidência que a Scuderia seja a única equipe que participou de cada edição do campeonato da Fórmula 1, sendo parte integral e essencial de seu sucesso”, disse Camilleri.
As novas medidas incluem um teto orçamentário de US$ 145 milhões (cerca de R$ 823 milhões) para 2021 que posteriormente será reduzido a US$ 135 milhões (R$ 766 milhões) entre 2023 e 2025, a suspensão do desenvolvimento dos carros na temporada de 2021 e um sistema que beneficia as equipes com pior desempenho, que receberão mais tempo para trabalhar na aerodinâmica dos carros.
As propostas do novo acordo foram estabelecidas com intuito de também diminuir o impacto financeiro da pandemia do coronavírus no esporte. Divergências entre as equipes e a F1 motivaram o adiamento do prazo final para a assinatura, que seria na última quarta-feira, 12 de agosto, para esta terça.
Brown ressalta, ainda, que embora as equipes tenham insistido em rediscutir o pacto, foi necessário que os construtores abrissem mão de determinadas questões para chegar em um acordo que, segundo ele, agregará benefícios não apenas para as equipes na Fórmula 1, como também para o público.
“Todos tiveram de ceder terreno para o resultado maior, que será uma Fórmula 1 mais competitiva, emocionante e próspera para as futuras gerações, o que vai garantir um esporte saudável para os participantes e os fãs”, pontua.
Williams é a terceira equipe a assinar
Depois de McLaren e Ferrari aderirem, a Williams publicou uma nota manifestando apoio ao novo tratado. O aspecto da competitividade também foi ressaltado por Claire Williams, chefe da equipe.
“Nossa expectativa, alinhada com a Liberty Media, é que essa nova era seja caracterizada por corridas mais próximas e emocionantes como consequência dos novos regulamentos, que incluem mais igualdade na distribuição de receita e um limite de custo estipulado pela primeira vez no nosso esporte”, disse a britânica.
Claire ainda indicou que a mudança pode ser uma oportunidade da Williams buscar melhores resultados na categoria:
“O pacto é um marco histórico no desenvolvimento da Fórmula 1, e também representa uma oportunidade significativa para a Williams continuar nossa jornada de volta aos lugares na frente do grid”, ressalta a chefe da Williams. (com dados do GE)