Uma multidão, formada por fãs e artistas, se reuniu na manhã de quinta-feira (24) para o funeral do cantor e compositor italiano Salvatore “Toto” Cutugno, que morreu na terça-feira (22), aos 80 anos, no hospital San Raffaele, em Milão. O velório foi aberto às 11h da manhã (horário local) na Basílica Parrochia dei Santi Nereo e Achilleo, também em Milão, ao som de canções célebres como “L’Italiano” (1983), símbolo mundial dos cidadãos do “Belpaese”.
À aglomeração de fãs – tão grande que nem todos puderam entrar na igreja – se misturaram figuras conhecidas dos italianos, cantores como Mario Lavezzi, Gianni Moranti e Pupo.
“Tenho um grande respeito por Toto. Como intérprete mas também como autor de canções maravilhosas, uma das quais está entre as mais famosas do mundo.
Não tivemos contato recente, mas sempre houve respeito recíproco, mesmo quando competíamos”, declarou Morandi.
“Nossa amizade se fortaleceu nos anos em que fizemos o Festival de Sanremo juntos. Em 1980 tínhamos eu, você [Morandi], [Enrico] Ruggeri e também [Roberto] Benigni apresentando, foi a edição de relançamento”, lembrou Pupo.
Questionados sobre se Toto Cutugno vinha sendo maltratado como artista na Itália, Pupo concordou, mas Morandi declarou: “Tinha gente que dizia que era um cantor popular demais. Eu digo que estava no nível de todos os outros e era sobretudo um grande intérprete, do qual as pessoas gostavam e não só na Itália, também no exterior, e muitos não conseguem”.
Outros grandes artistas, como Gigi d’Alessio, enviaram coroas de flores em homenagem a Toto.
Durante a missa, o pároco Gianluigi Panzeri destacou o fato de Toto ter se casado naquela mesma igreja na década de 1970, e pediu que uma paroquiana lesse algumas das centenas de mensagens recebidas pelo templo, especialmente de vizinhos do local que não puderam comparecer: “Adeus, Toto, silencioso morador da nossa área, vizinho de casa de que tínhamos tanto orgulho”.
A primeira fileira foi ocupada por familiares do grande artista: a mulher, Carla, o filho, Nicola, e os netos, que receberam o carinho de dezenas de abraços na saída do caixão da Basílica, enquanto os presentes entoavam “Quanti cuori” e mais uma vez “L’Italiano”, lançando balões no ar. (com dados da Ansa)