O ex-prefeito de Roma Ignazio Marino foi condenado nesta quinta-feira (11), em segunda instância, a dois anos de prisão por peculato e falsidade ideológica. Ele havia sido absolvido em primeiro grau
Marino, médico de carreira, é acusado de usar cartão de crédito da Prefeitura para pagar despesas pessoais. Ao todo, foram gastos cerca de 13 mil euros entre 2013 e 2015 com jantares, reuniões, hospedagens e cerimônias. Quando o escândalo estourou, o ex-prefeito se ofereceu para restituir os cofres públicos em 20 mil euros.
Além disso, ele também é acusado de pagar funcionários fictícios quando era representante legal de uma ONG fundada em 2005 para levar ajuda sanitária a Honduras e Congo.
Repercussão
Marino governou Roma entre junho de 2013 e outubro de 2015, mas foi derrubado por uma manobra de sua própria legenda, o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, que retirou o apoio a ele na câmara municipal por causa do escândalo do cartão de crédito.
Sua queda abriu espaço para ascensão de Virginia Raggi, que, no ano seguinte, levou o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) à maior vitória eleitoral de sua história e assumiu o governo de Roma.
O ex-prefeito, que alega inocência, ainda pode recorrer da sentença na Corte de Cassação, espécie de tribunal supremo da Itália. Segundo a defesa, os jantares levantaram muito mais recursos para a cidade do que o total gasto com cartão. (ANSA)