A estilista italiana Donatella Versace declarou que não quer utilizar peles de animais para fazer moda, em uma entrevista à revista “1843”, publicada por “The Economist”
“Pele? Estou fora. Não quero matar animais para fazer moda. Não parece certo”, disse. No texto, o jornalista Luke Leitch aponta que a declaração era uma “novidade muito radical”, pois, ao checar o site da Versace, observou uma propaganda que incentivava os clientes a comprarem um casaco de pele “de virar cabeças”.
A diretora de programas internacionais da ONG animalista Peta, Mimi Bekhechi, relembrou que a entidade interrompera desfiles e fizera uma verdadeira blitz em 2006, quando a grife italiana era sinônimo de pele.
“Por isso, recebemos muito bem essa notícia. A percepção de Donatella de que é errado dar pauladas em animais e matá-los com descargas elétricas pelo couro é um ponto determinante para a campanha a favor da moda sem crueldade. A Peta não vê a hora de a Versace proibir o uso de peles”, acrescentou.
A grife não é a primeira a se colocar contra o uso de couro animal nas roupas. Em outubro de 2017, a também italiana Gucci anunciou um acordo para não utilizar mais peles em suas coleções, por achar que era “antiquado” demais. Além disso, Michael Kors, Tom Ford e Givenchy também deixaram de usar o material em suas coleções. (ANSA)