O filme italiano “Dogman” foi o grande vencedor da edição 2019 do prêmio David di Donatello, considerado o Oscar do cinema italiano. Dirigido por Matteo Garrone, o filme disputou 15 categorias e venceu em nove: melhor filme, diretor, roteiro original, fotografia, cenografia, maquiagem, engenheiro de som, montagem e ator coadjuvante.
“Dogman” traz o ator Marcello Fonte interpretando um humilde funcionário de um petshop, localizado na periferia de Roma. O homem se envolve em um crime e é dominado por um sentimento de vingança que o faz torturar, durante horas, um ex-boxeador que atormenta os moradores do seu bairro. A produção foi inspirada no caso que ficou famoso na Itália como “delito del Canaro”, o homicídio do boxeador Giancarlo Ricci, em 1988, cometido por Pietro De Negri. O longa concorrente “Capri-Revolution’, de Mario Martone, garantiu dois prêmios nas categorias de melhor figurino e música. Já “Sulla Mia Pelle” (“Na própria pele”), de Alessio Cremonini, recebeu quatro estatuetas, incluindo melhor estreia de diretor, ator e produtor.
A atriz italiana Elena Sofia Ricci foi honrada com o prêmio de melhor atriz por sua interpretação em “Loro”, de Paolo Sorrentino. Durante a cerimônia, o cineasta norte-americano Tim Burton também recebeu, pelas mãos do ator italiano Roberto Benigni, uma estatueta por sua carreira e pela excelência cinematográfica. A homenagem coincide com a data de estreia de seu nome filme, a versão live action do desenho animado de 1941 “Dumbo”.
“Eu me sinto muito próximo dos italianos e estar aqui esta noite é como estar em um circo, em um filme e em uma família estranha”, disse. A premiação foi conduzida pela quarta vez consecutiva pelo italiano Carlo Conti e contou com um show do tenor italiano Andrea Bocelli. Transmitida pela Rai1, a cerimônia foi vista por 2 milhões e 975 mil espectadores.