Matera, La Città dei Sassi, ou a cidade das pedras, localizada ao sul da Itália, se prepara desde janeiro para o ano de festas que se seguirá. Em 2019, Matera será a Capital Europeia da Cultura, e eventos diversos já celebram a ocasião
Histórias de vida que por acaso ali se encontraram, tradições ancestrais e cultura formam a base da cidade, que é Patrimônio Mundial da UNESCO. A nomeação como Capital da Cultura se deu por causa de seu passado, mas, também por conta daquilo que está por vir: Matera conta com propostas de mudanças tecnológicas digitais para o futuro.
Um passeio pelas ruas de Matera faz o visitante viajar no tempo, principalmente ao observar as rochas que formam as construções e as luzes suaves e delicadas, que iluminam a pedra calcária e evidenciam a capacidade que o homem tem de se adaptar à natureza.
Famosos por sua presença silenciosa e eterna, os sassi (pedras) dominam desde sempre a paisagem local. A cidade foi escavada na rocha em tempos muito antigos e talvez seja o primeiro exemplar desse tipo de assentamento criado pelo homem. A passagem do tempo enriqueceu as cavernas com um importante significado histórico, tanto como habitações privadas com quartos e cisternas, como locais de culto adornados com afrescos.
A vida entre as pedras era tão natural para os moradores de Matera que de lá eles nunca haviam saído até cerca de 50 anos atrás, quando a última pessoa foi retirada de lá por causa de condições sanitárias inadequadas.
A história dos sassi é muitíssimo rica e unindo isso a uma paisagem tão bonita na Basilicata, região que fica no sul da Itália, que o local acabou sendo escolhido como cenário de muitos filmes nacionais e internacionais e de séries de TV. Talvez a produção mais famosa que foi tocada ali tenha sido “A Paixão de Cristo’, sob direção de Mel Gibson. No filme, a paisagem de Matera ajudou a recriar perfeitamente uma antiga cidade de mais de 2000 anos, uma perfeita Jerusalém. O filme despertou a curiosidade de turistas de diversas partes do mundo, que começaram a colocar a cidade em seus roteiros de viagem.
O melhor ponto panorâmico para admirar e fotografar a aldeia está além do rio Gravina, na colina do parque Murgia, de onde é possível ver as antigas igrejas de pedra — o lugar é extremamente recomendado para esperar as primeiras luzes do entardecer tocarem a cidade de pedra.
(Blog quantocustaviajar)