O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, se reuniu na segunda-feira (19) com o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, com quem teve conversas “muito positivas”. “O encontro com John Kerry foi muito positivo, houve uma troca de pontos de vista sobre a importância de lutar contra a mudança climática. Eu disse quais são as posições da Itália, disse que somos um país com vocação industrial, mas também com vocação agrícola”, explicou o vice-premiê italiano durante coletiva de imprensa.
De acordo com Tajani, “é fundamental liderar a luta contra as alterações climáticas ajudando também as empresas a percorrer um caminho de transição ecológica, partindo de metas que possam ser alcançadas para evitar deslocalizações, o que também seria prejudicial na luta contra as mudanças climáticas”.
Durante a reunião com Kerry, o chanceler italiano reiterou ainda que “não é só a Europa que causa emissões de CO2, mas a Europa é uma realidade virtuosa”.
“Precisamos trabalhar mais com a China, precisamos forçar a China a reduzir as emissões. Com a Índia, parece-me que as coisas estão ficando melhor, mas uma forte ação conjunta também é importante na África para evitar que as mudanças climáticas destruam a economia baseada na agricultura em muitos países, levando dezenas de milhares de pessoas a deixar seus países e aumentando os fluxos migratórios”, acrescentou.
Segundo nota da Farnesina, a conversa representa mais uma demonstração da proximidade entre a Itália e os Estados Unidos, também na luta contra as alterações climáticas, tema que está indissociavelmente ligado aos objetivos de segurança energética e transição sustentável e que é uma das prioridades da presidência italiana do G7 em 2024.
Tendo em vista esse compromisso internacional, o governo italiano pretende relançar relações com parceiros globais, em particular com a África e no contexto da presidência brasileira do G20.
“A Itália quer trabalhar em conjunto com os principais atores públicos e privados para combater as mudanças climáticas em nível nacional e em escala global”, concluiu Tajani. (com dados da Ansa)