CEO da Stellantis renuncia ao cargo

Carlos Tavares renunciou ao cargo neste domingo,1° de dezembro, após queda acentuada nos lucros e nas vendas nos EUA. O gestor português de 66 anos apresentou sua demissão e o pedido foi aceito pelo Conselho Administrativo da Stellantis.
Em outubro, Tavares indicou que poderia abandonar a função antes de 2026, porque suas opiniões sobre o futuro da montadora divergiram das de alguns executivos, então a saída do executivo não é uma grande novidade. Tavares, que vinha da francesa PSA (Peugeot-Citroën), a outra parte envolvida na fusão com a americana FCA (Fiat Chrysler), era acusado de não ter o entendimento necessário nem dar o devido direcionamento que a Stellantis precisaria para não perder mercado na terra natal de algumas de suas principais marcas.
“O Conselho de Administração, sob a presidência de John Elkann, aceitou a renúncia de Carlos Tavares ao seu cargo de CEO com efeitos imediatos”, anunciou o grupo. O grupo também confirmou que iniciou um processo para decidir seu sucessor.
A Stellantis, que engloba marcas como Fiat, Peugeot, Citroën e Jeep, será liderada por um novo comitê executivo provisório, encabeçado por Elkann. O processo de escolha do novo CEO está em curso e deverá ser concluído no primeiro semestre de 2025.
“Estamos gratos a Carlos pelo seu empenho contínuo ao longo dos anos e pelo papel que desempenhou na criação da Stellantis, bem como nos relançamentos anteriores da PSA e da Opel, iniciando a nossa jornada para nos tornarmos um líder global no setor”, disse Elkann.
O grupo tinha comunicado uma redução nas entregas à rede de mais de 200 mil veículos no segundo semestre, o dobro da estimativa anterior. A margem de lucro operacional ajustada deverá ficar entre 5,5% e 7% para todo o ano, abaixo do anterior “dois dígitos”, enquanto o fluxo de caixa livre industrial, anteriormente positivo, deverá ficar no vermelho entre 5 e 10 bilhões de euros.
(Dados da Ansa, Autoesporte e Corriere della Sera)