A Comissão de Constituição e Trabalho da Câmara dos Deputados da Itália aprovou na última terça-feira (30) uma emenda que proíbe o uso da palavra “raça” em documentos da administração pública. A proposta foi apresentada pelo deputado Arturo Scotto, do Partido Democrático (PD), de oposição, mas também teve o apoio do governo de Giorgia Meloni. De acordo com o texto, o termo “raça” será substituído por “nacionalidade”.
“Finalmente a palavra raça vai desaparecer de todos os atos e documentos do setor público. Eliminamos um conceito anticientífico, fazendo uma varredura contra frases graves sobre raças, linhagens, etnias”, comemorou Scotto.
Essa palavra aparece no artigo 3 da Constituição italiana, que diz que “todos os cidadãos são iguais perante a lei, sem distinção de sexo, de raça, de língua, de religião, de opiniões políticas, de condições pessoais e sociais”.
“Embora não seja utilizado há tempos e seja citado na Constituição, [o termo ‘raça’] é um conceito que não está em linha com nossos tempos e pode parecer discriminatório contra alguns”, reforçou o deputado Paolo Emilio Russo, do partido conservador Força Itália (FI). (com dados da Ansa)