Uma aurora boreal coloriu de rosa o céu da boa parte da Itália na noite do último domingo (5), em um evento raro nessa latitude do planeta. O fenômeno foi visto entre 18h e 19h (horário local) em diversas localidades italianas, como as regiões de Trentino-Alto Ádige e Vêneto, especialmente na cordilheira das Dolomitas.
No entanto, também há relatos de visualização da aurora boreal ao longo da costa adriática da Itália e até na Puglia, no extremo-sul do país.
Geralmente, a aurora é restrita a áreas próximas às zonas polares da Terra (no polo sul, aurora austral; no polo norte, aurora boreal), onde a interação entre o campo magnético do planeta e as partículas eletricamente carregadas emitidas pelos ventos solares é mais intensa.
Contudo, uma forte tempestade geomagnética permitiu que o fenômeno fosse visto em latitudes menores.
Segundo o físico italiano Mauro Messerotti, professor de meteorologia espacial na Universidade de Trieste, o campo magnético da Terra sofreu um forte estresse devido à interação com uma rajada de partículas no sábado (4), seguida de uma ainda mais intensa no domingo. “Isso gerou uma tempestade geomagnética de classe G3 [em uma escala que vai de G1 a G5]”, explicou.
A aurora boreal ou austral é resultado da interação entre as partículas eletricamente carregadas emitidas pelos ventos solares com o campo magnético e os gases presentes na atmosfera terrestre, criando um espetáculo de formas luminosas no céu. (com dados da Ansa)