Amerigo Vespucci saúda Niterói pelos seus 450 anos

Momento histórico para a Itália, para o Brasil. O veleiro Amerigo Vespucci, antes vir para o Rio de Janeiro, atracou em Niterói, em homenagem aos 450 anos da Cidade Sorriso. Em articulação com a Embaixada Italiana e os Ministérios da Defesa e a Marinha, esse momento histórico tornou-se realidade.
Por causa da morte do jovem capitão-tenente médico Marino o navio suspendeu diversas atividades e está de luto no Brasil, mas fez questão de manter a agenda, que não contou com as salvas de canhões e nem com alardes na imprensa para respeitar o momento difícil, mas ficou fundeado ao lado do navio escola da Marinha brasileira, Cisne Branco, a um quilômetro da costa da cidade de Niterói. À noite, sua imponência ficou ainda mais evidente. Foi iluminado com a bandeira tricolor da Itália e o Cisne Branco com a bandeira do Brasil.
Grandes personalidades

Um barco levou a comitiva de personalidades representativas de Niterói até o navio. Estavam presentes o prefeito em exercício, Paulo Bagueira acompanhado da esposa Raíssa; o presidente da Neltur, André Bento; a secretária de conservação Dayse Monassa; o presidente da Fundação de Artes de Niterói, Fernando Brandão; o comandante do Forte Rio Branco, Flavio Henrique Pinheiro, e sua esposa Anna Karina; o coordenador e idealizador da homenagem Pietro Petraglia, que é grande oficial da República da Itália radicado em Niterói e presidente do Grupo Comunità. Foram hasteadas as bandeiras e tocados os hinos nacionais dos dois países.
Logo que a comitiva com as personalidades chegou foram recebidos com as honras da Marinha ao tradicional som dos apitos dos marinheiros. Em seguida, foram apresentados ao pessoal de bordo e oferecidos welcome drinks pelo comandante Lai. Também no local foi apresentado o comandante do Cisne Branco, Sérgio Tadeu, que antes de assumir o navio escola foi adido da Marinha em Roma por quatro anos.
Depois, houve visita por toda a embarcação e foram mostrados detalhes da navegação da verdadeira obra-prima dos mares que percorrerá os cinco continentes e retornará em 2025 à Itália. Segundo descrição da própria Marinha Militar da Itália, do ponto de vista técnico-construtivo, o Amerigo Vespucci é um veleiro com motor. Do ponto de vista do equipamento de navegação é equipado para navio. Ou seja, com três mastros verticais, mastro dianteiro, mastro principal e mezena (a vela que se encontra no mastro com o mesmo nome), todos equipados com mastros e velas quadradas, mais o gurupés _ mastro que aponta para vante, colocado no bico de proa dos veleiros saliente na proa, na verdade um quarto mastro.

Embaixada navegante
Em momento solene na Sala Consiglio do navio, onde são recebidas autoridades e personalidades, Reis e rainhas, como fez questão de destacar o comandante Lai. Ele ressaltou que o navio é uma embaixada navegante italiana que recebe muitas missões. Na ocasião o comandante passou às mãos do prefeito de Niterói em exercício uma peça esculpida a mão pelo mestre do navio com material composto por couro usado, madeira de reposição, tecido da vela do navio, uma placa com a imagem do navio e o símbolo da Prefeitura de Niterói ao lado. Zanetti foi o mestre do navio que esculpiu a peça presenteada ao Bagueira, o qual também trouxe um presente: entregou livro ilustrado sobre a cidade de Niterói, com muitos artigos e símbolos importantes, Faz parte do acervo do navio a tocha original olímpica de Atenas, Grécia, que foi transportada pela embarcação e lá permanece intacta.

Após a visita se seguiu jantar com produtos típicos italianos e típica massa ao pesto genovês. Todos ficaram encantados e ao final ainda receberam pergaminho serigrafado original com a imagem do navio e a assinatura do comandante. A cerimônia durou três horas. Grande gesto para data importante de aniversário de uma cidade que se destaca em vários setores e fez parcerias de cooperação com a Itália. Na comitiva de Niterói também estava o padre Carmine Pascale, pároco da igreja São Judas Tadeu de Icaraí, importante bairro da cidade fluminense.