Ainda estou aqui, de Walter Salles, conta a história verídica do ex-deputado socialista Rubens Paiva, desaparecido, vítima da ditadura militar brasileira dos anos 1970 e 1980 e da busca incessante pela verdade, contra as notícias jornalísticas falsas e a cobertura governamental de seu fim por parte de sua esposa Eunice (Fernanda Torres) e de sua família cuja vida está virada de cabeça para baixo.
O filme em exibição na 81ª edição do Festival de Veneza, concorre com Eunice Pavia, uma protagonista absoluta, interpretada por Fernanda Torres. Mãe de cinco filhos, cuja vida foi virada de cabeça para baixo por um ato de violência arbitrária, a prisão singular de seu marido, ex-deputado, e seu desaparecimento.
Depois de algum tempo, ela e a filha mais velha também serão levadas e torturadas e colocadas na prisão durante cinco longos dias. Depois de libertada, Eunice é obrigada a se reinventar, não tem mais dinheiro, as contas do marido estão bloqueadas. Então ele decide começar tudo de novo mudando-se para São Paulo onde volta a lecionar.
O filme, baseado no livro homônimo, é capaz de transmitir bem a angústia claustrofóbica, desesperada e sem sentido que a protagonista enfrenta.
Marcelo Paiva, um dos cinco filhos, estava na exibição e ficou emocionado.