Foi estimado pelo site Facile.it com base numa amostra de quase 13 milhões de respostas entre 1 de setembro de 2023 e 30 de setembro de 2024 que a idade média dos carros que circulam nas estradas do nosso país teria atingido 11 anos e 8 meses. Basilicata e Toscana nos extremos opostos da classificação regional
Isso é uma consequência direta do boom dos automóveis usados em Itália devido ao aumento dos preços dos zero quilômetros (+38% em apenas quatro anos). O fato é: a frota automobilística está envelhecendo.
A situação é um problema de segurança, de sustentabilidade ambiental e, a longo prazo, também de economia, uma vez que à medida que a idade dos veículos aumenta, o custo do seguro também aumenta (o italiano já é o mais elevado de toda a UE).
Na Basilicata e em Molise, a frota registou uma idade média de 13 anos e 9 meses e 13 anos e 7 meses, respetivamente. Na Sicília e na Calábria, ambas ficaram com a média de 13 anos e 6 meses . Por outro lado, a Toscana registrou a média mais baixa, 10 anos e 7 meses, superando a Lombardia (11 anos e 1 mês), Lácio (11 anos e 2 meses) e Emilia-Romagna (11 anos e 5 meses).
De acordo com o último relatório Veículos, nas Estradas Europeias da Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis (Acea), a média italiana foi quantificada em 12,5 anos (ou seja, 12 anos e 6 meses) e supera a média da UE de 12,3.
Na Europa temos, por um lado, Luxemburgo com a média de 7,9 anos, seguido pela Áustria (8,9 anos), Dinamarca (8,9 anos) e Irlanda (9,1 anos). Pelo outro, os modelos mais antigos estavam na Grécia (17,9 anos), Estónia (16,6 anos), República Checa (15,9 anos) e Roménia (14,9 anos).
Segundo o Autohero (um dos principais revendedores de automóveis usados da Europa) e um estudo realizado pela Nielsen Media Germany em agosto de 2024, 95% das famílias italianas possuem pelo menos um e a maioria utiliza-o diariamente para viagens relativamente curtas. 7 em cada 10 condutores viajam, em média, menos de 40 km por dia. Além disso, 40% possuem um automóvel com quilometragem superior a 100 mil km. A Itália é o país com maior percentagem de proprietários de automóveis entre os quatro principais mercados europeus, seguida pela Espanha e França, com uma quota de 92%, e Alemanha, com 86%.
66% afirmam que o utilizam todos os dias. Neste caso, a diferença em relação a outros países agrava-se: na França 54% utilizam o automóvel diariamente, na Espanha 53%, enquanto na Alemanha apenas 49%. Entre os principais motivos de utilização está “fazer compras” e “trabalhar”.
No entanto, os italianos parecem utilizar os carros mais raramente em longas distâncias. “Sair de férias” foi uma razão apenas 57% das vezes para os italianos, enquanto para os espanhois foi 61% e para os franceses 65%.
Na Itália, regista-se uma ligeira queda, comparado ao ano passado, com cerca de 53% dos entrevistados planejando comprar um carro novo nos próximos 24 meses. Mas quais são os obstáculos para comprar um carro novo? Entre os fatores mais importantes estão a incerteza económica e o risco de recessão (14%), juntamente com a dificuldade de sustentar despesas elevadas (12%).
Segundo o estudo EY Mobility Consumer Index 2024, quando questionados sobre adquirir um novo carro, 57% adquiririam um elétrico ou híbrido. No entanto, mais de 27% ainda consideram a falta de postos de carregamento o principal obstáculo à adoção deste tipo de veículo. A pesquisa ainda afirma que o elevado custo do combustível é a principal motivação que empurra os compradores para os veículos elétricos, ultrapassando mesmo as preocupações ambientais (37% dos entrevistados).
Entretanto, apesar do interesse, os preços elevados, em comparação com os veículos endotérmicos e híbridos, limitam o desenvolvimento do mercado de automóveis elétricos ou BEV internamente.
(Dados do Corriere della Sera, Forbes, La Stampa e Sky TG24)